Nos últimos dias, dois casos de grande repercussão nacional colocaram em evidência a importância da tecnologia brasileira na responsabilização digital. O influenciador digital Felipe Bressanim, conhecido como Felca, acionou judicialmente centenas de perfis por ataques recebidos nas redes sociais. Já o também influenciador Hytalo Santos foi preso preventivamente em Carapicuíba (SP), sob acusações de tráfico de pessoas e exploração sexual de menores. Em ambos os casos, uma tecnologia nacional foi decisiva para registrar provas digitais em tempo hábil, transformando conteúdos da internet em evidências com validade jurídica.
A ferramenta utilizada foi a Verifact, desenvolvida no Brasil, que permite o registro técnico e auditável de publicações, áudios, vídeos e mensagens online. Essa tecnologia possibilitou a coleta de provas de forma eficiente, mesmo diante da urgência dos casos, garantindo que os conteúdos fossem registrados antes de possíveis exclusões. A Verifact tem se mostrado uma aliada crucial na luta contra crimes digitais, oferecendo suporte técnico e jurídico para que as evidências sejam aceitas nos tribunais.
No caso de Felca, a equipe jurídica optou por utilizar a Verifact para registrar as mensagens difamatórias recebidas nas redes sociais. Dada a rapidez com que os conteúdos podem ser apagados, a ferramenta foi essencial para garantir que as provas fossem coletadas diretamente da fonte original. A tecnologia permitiu o registro de textos, imagens, vídeos e áudios, cumprindo os requisitos legais para aceitação nos tribunais e fortalecendo a ação judicial do influenciador.
Da mesma forma, no caso de Hytalo Santos, a Verifact foi empregada por órgãos oficiais para registrar materiais publicados online, como vídeos, mensagens e postagens em redes sociais. Durante a apuração conduzida pelo Ministério Público da Paraíba e outros órgãos envolvidos, a tecnologia desempenhou um papel fundamental na construção das evidências que levaram à prisão preventiva do influenciador e seu companheiro. O promotor de Justiça e coordenador do GAECO do MPPB, Octávio Paulo Neto, afirmou que a Verifact foi muito importante na construção das evidências do caso.
Além de casos individuais, a Verifact tem sido utilizada por instituições públicas como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministério Público Federal, Polícias Civis, Advocacia-Geral da União (AGU) e o Senado Federal para instrução de investigações e ações judiciais. A plataforma opera em ambiente seguro e isolado, com coleta técnica automatizada, garantindo que as provas geradas são auditáveis e periciáveis, com aceitação em todas as instâncias do judiciário brasileiro.
A utilização da Verifact nos casos de Felca e Hytalo Santos reflete uma evolução na forma como a Justiça brasileira lida com os desafios do ambiente digital. Especialistas em tecnologia e segurança destacam que a ferramenta tem sido citada como exemplo da responsabilização por crimes cometidos no meio virtual. A CEO da Verifact, Regina Acutu, ressalta que os casos envolvendo os influenciadores têm sido utilizados como precedentes para reforçar a importância da coleta técnica e legal de provas digitais.
Esses casos evidenciam a necessidade de adaptação das instituições jurídicas às novas realidades digitais, onde crimes como difamação, assédio e exploração podem ocorrer de forma rápida e massiva. A tecnologia brasileira tem se mostrado uma aliada indispensável nesse processo, oferecendo soluções que garantem a integridade das evidências e a efetividade das ações judiciais. A Verifact, em particular, destaca-se como uma ferramenta que contribui para a construção de um ambiente digital mais seguro e justo.
Em um cenário onde as redes sociais desempenham papel central na comunicação e interação, é fundamental que as ferramentas tecnológicas acompanhem essa evolução. A Verifact representa um avanço significativo nesse sentido, proporcionando meios eficazes para a coleta e validação de provas digitais. A tecnologia brasileira, portanto, tem se mostrado decisiva na responsabilização digital, fortalecendo a atuação da Justiça e promovendo a confiança da sociedade nas instituições.
Autor: Lior Amarin