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Politica

Bolsonaro se prepara para interrogatório no STF em ação que investiga tentativa de golpe de Estado

Lior Amarin
Lior Amarin 03/06/2025
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5 Min Read
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A ação penal em curso no Supremo Tribunal Federal entra em nova e decisiva etapa com os interrogatórios dos réus acusados de compor o núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder após o fim de seu mandato. Entre os dias 9 e 13 de junho, o ministro Alexandre de Moraes ouvirá Bolsonaro e outros sete acusados, incluindo ex-ministros e militares de alta patente. A Procuradoria-Geral da República sustenta que o ex-presidente liderava uma organização criminosa armada, voltada a impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após a vitória nas eleições de 2022.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, a tentativa de golpe de Estado envolveu não apenas articulações políticas e militares, mas também o uso da estrutura estatal, como a Polícia Rodoviária Federal, para interferir no pleito. A denúncia alega que os acusados propagaram a narrativa de fraude eleitoral mesmo sem qualquer evidência que apontasse falhas no sistema eletrônico de votação. Esses discursos fomentaram protestos antidemocráticos e acampamentos em frente a quartéis em diversas capitais brasileiras.

A palavra-chave golpe de Estado será central nos interrogatórios conduzidos por Moraes, que buscará esclarecer se os réus reconhecem os crimes apontados pela PGR. A ordem dos depoimentos começa com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou acordo de delação premiada. Na sequência, os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética, incluindo Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto. O ex-presidente Jair Bolsonaro será o sexto a prestar esclarecimentos.

Durante os interrogatórios, os réus terão a oportunidade de se defender pessoalmente, exercendo o direito à autodefesa garantido pela Constituição. Eles poderão negar ou confirmar os fatos narrados pela acusação, apresentar versões alternativas, indicar provas e questionar testemunhas. Caso optem pelo silêncio, estarão exercendo o direito de não se autoincriminar. A partir desse momento, o processo entra em fase decisiva, já que os interrogatórios são determinantes para a formação do juízo do relator.

A acusação contra os réus menciona cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, incitação ao crime e uso indevido dos meios de comunicação. A peça central da denúncia é a chamada minuta golpista, que teria sido discutida em reuniões oficiais com a presença de Jair Bolsonaro e os então comandantes das Forças Armadas. De acordo com depoimentos já colhidos pela Polícia Federal, o plano previa a decretação de estado de sítio e a anulação do resultado eleitoral.

O avanço do processo de tentativa de golpe de Estado reflete a seriedade com que o STF tem tratado ameaças à democracia brasileira. A expectativa é que, após a conclusão dos depoimentos, a corte avance para a fase de alegações finais, quando acusação e defesa apresentarão seus últimos argumentos. Esse passo antecede o julgamento propriamente dito, que deve ocorrer no segundo semestre. A decisão do Supremo terá impacto direto não apenas sobre os acusados, mas sobre o futuro da democracia e do sistema institucional do Brasil.

A sociedade civil, setores da imprensa e organizações internacionais de direitos humanos acompanham de perto os desdobramentos da tentativa de golpe de Estado. A eventual condenação dos envolvidos será um marco na responsabilização de líderes políticos e militares que atentaram contra o processo democrático. Por outro lado, uma possível absolvição exigirá argumentos jurídicos sólidos, dada a robustez das provas apresentadas e o contexto político dos atos investigados.

A tentativa de golpe de Estado investigada pelo Supremo Tribunal Federal é um dos capítulos mais graves da história política recente do Brasil. A partir do dia 9 de junho, a nação assistirá a um processo que pode redefinir os limites da atuação presidencial, o papel das Forças Armadas na política e a resposta institucional frente a ações que atentem contra a soberania popular. O julgamento do núcleo golpista será mais do que jurídico, será simbólico e histórico.

Autor: Lior Amarin

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