“Nos próximos meses é possível que o IIE-Br continue a flutuar próximo aos 110 pontos, mantendo o nível de incerteza em patamar ainda ligeiramente desconfortável”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial
O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 2,3 pontos na passagem de maio para junho, para 110,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 2,3 pontos.
“O recuo do indicador de incerteza em junho pode ser explicado por uma calibragem no componente de mídia, após uma alta expressiva no mês anterior influenciada diretamente pelo desastre climático no Sul do país.
O componente de expectativas, por sua vez, sobe pelo segundo mês consecutivo, refletindo um aumento da incerteza com relação à evolução futura de inflação e juros no Brasil, além do cenário internacional desafiador”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza.
E o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia recuou 3,4 pontos, para 110,8 pontos, contribuindo com -3,0 pontos para o IIE-Br do mês.
O componente de Expectativas aumentou 2,8 pontos, para 105,1 pontos, contribuindo com 0,7 ponto para o índice de maio.
“Nos próximos meses é possível que o IIE-Br continue a flutuar próximo aos 110 pontos, mantendo o nível de incerteza em patamar ainda ligeiramente desconfortável”, completou Gouveia.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.